Amazônia Legal e a integração nacional

A Amazônia Legal foi criada em 1953 como parte dos esforços do governo brasileiro para aumentar a integração nacional e planejar o desenvolvimento social e econômico da região. Com uma área de 5 milhões de km², equivalente a 61% do território nacional e a 12% da população brasileira, atualmente corresponde à totalidade dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, e uma parte do Maranhão. A partir dos anos 1960, especialmente na década de 1970, começou uma nova fase da história da Amazônia Legal com a abertura de estradas, atividades da agropecuária e mineração e a construção de rodovias, como a Transamazônica. As estradas facilitaram a chegada e o estabelecimento de migrantes e o escoamento da produção da agropecuária para o restante do país contribuindo para a integração nacional. Porém, também proporcionaram a ocupação desordenada que gerou problemas ainda hoje não resolvidos, como uma forte cultura de grilagem de terras, garimpos ilegais e desmatamento de grandes áreas para extração de madeira ou cultivo de gado e grandes lavouras.

Os estudos para aproveitamento hidrelétrico da região também eram parte do programa. Não só por ser a maior bacia hidrográfica do mundo, mas sobretudo para reverter o crescimento regional desigual das empresas de energia elétrica no Brasil. Até então, a geração, transmissão e distribuição de energia era concentrada no Sudeste.

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Construção de novo trecho da rodovia Transamazônica, em Marabá no Pará. 1971.
Ônibus com colonos do Paraná que vão para a região da Transamazônica. 1973.